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“Estava aqui refletindo sobre os ciclos, sabe?”, explica o obstetra Agostinho Simões Coelho, no consultório que ocupa dentro do CIAM, enquanto aguarda a chegada de uma paciente – uma futura mamãe que mal podia esperar pelo nascimento do rebento. “Já vi tantas vezes essas carinhas que oscilam entre preocupação e ansiedade. E não canso de achar bonito”, comenta o homem que, entre 1982 e 2016, realizou nada menos que 6 mil partos.
O de número 6.001, aliás, aconteceria poucas horas após a entrevista para o site da Santa Casa. “E é aí que entra a coisa toda do ciclo. O parto que farei mais tarde é de uma jovem que ajudei a nascer há pouco mais de 20 anos”, explica.
Esse fenômeno também acontece na trajetória da própria instituição. Acredita-se que o primeiro curso voltado a Obstetrícia em Minas Gerais tenha sido realizado exatamente dentro da casa de saúde, por volta de 1830, coordenado pelo francês Gabriel André Maria de Poesquellec.
Hoje, a Maternidade da Santa Casa faz história de outro jeito: trazendo à luz, todos os meses, cerca de 150 bebês. Todo esse trabalho, que prima pelo conforto, pela tranquilidade e pela segurança de mamãe e criança, é realizado por sete obstetras e sete auxiliares de Enfermagem. Essa estrutura conta com apoio, também, do Centro Cirúrgico, onde cesarianas são realizadas.
No mesmo setor são recebidos, ainda, os profissionais do Programa Revalida. A iniciativa, semelhante a um estágio, reconhece diplomas de médicos que estudarem no exterior para atuarem legalmente no Brasil. “É, acho que no final das contas nós também ajudamos no nascimento de novos doutores”, brinca Agostinho, que se reveza também no cargo de vice-provedor e Diretor Clínico da Santa Casa.