Informações: (32) 3379-2000
Dr. Agostinho Simões Coelho (2024-atualmente)
Dr. Carlos Antônio Neves Teixeira (2018-2024)
Determinação, Força, Ousadia, Metas, Planejamento, Foco, Liderança, Superação. São muitas as palavras necessárias para expressar o que levou-me a ser e estar provedor da Santa Casa da Misericórdia de São João del-Rei, maior Casa de Saúde da Região das Vertentes.
E não poderia deixar de ressaltar:
Há muito tempo, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos no Brasil não sobrevivem por misericórdia, termo que refere-se à junção de dois termos em latim – miseratio ou compaixão; e cordis, coração. Assim, o vocábulo pode ser traduzido literalmente como “doar seu coração a alguém”.
Mas seu significado prático, no salvar cotidiano de vidas, vai muito além e ultrapassa os desafios clínicos. Afinal, do ponto de vista de importância, de relevância para o Sistema Público e até mesmo de sustentabilidade e de gestão, as Santas Casas possuem dados expressivos e demonstram, a cada dia, seu papel assistencial fundamental.
Algo que demanda, entre outros princípios, o de transparência – grande missão e lema da minha administração. Sim, ainda há muito o que fazer por esta Casa de Saúde. Precisamos avançar em governança; inovar “sempre”; realizar mais investimentos. No entanto, dia a dia nos dedicamos a fazer mais e melhor, sempre almejando aprimorar esta casa em todos os aspectos. Tudo isso em prol do paciente, foco do nosso acolhimento, da atenção à Saúde ainda mais exigida num contexto pandêmico.
Em fevereiro deste ano, em meio a uma crise sanitária histórica que batia em todas as portas, iniciamos trabalhos árduos a fim de estruturarmos a Santa Casa no enfrentamento à COVID-19. Hoje posso dizer que testemunhar a força desta Entidade Filantrópica – bem como a bravura de sua equipe – ao passar por esta crise e seus desdobramentos foi motivador, transformador. De fato, uma grande vitória.
Por todos esses motivos registro orgulhosamente meu muito obrigado a todos!!!
Dr. Altamir Arcanjo Zanetti (2013-2018)
“Crises financeiras, crises internas… Todos nós temos histórias de vida e profissionais aqui. Sabemos tudo o que essa instituição enfrentou para chegar aonde está e tudo o que cada provedor viveu para garantir que todos os serviços continuassem sendo prestados. A Santa Casa é hoje, apesar dos percalços, uma entidade pungente e absolutamente viva”, frisa Zanetti, que segue no projeto de desenvolvimento da Casa de Saúde em busca de excelência, maior assistência e melhorias constantes.
“Não podemos parar. As demandas sempre crescem e, com elas, nossos sonhos. Chegamos longe nas últimas décadas? Sim! Mas ainda há o que se fazer. Agora, aspiramos a implantação de serviços completos de Cardioterapia, complementando nossos potenciais de atendimento em alta complexidade. A região precisa e queremos responder a isso”, diz.
Dr. Jorge Luiz Paranhos (2011-2013)
“O fato mais curioso sobre provedorias é que assumimos um cargo como administradores, mas continuamos atuando como médicos. Na realidade, o que fazemos é examinar situações, diagnosticar problemas e buscar curas para pontos que consideramos essenciais”, explica o neurocirurgião Jorge Luiz Paranhos.
Para ele, aliás, é essa multiplicidade que faz a diferença. “Se juntar todas as provedorias como peças de quebra-cabeças, vai notar que a Santa Casa cresceu e evoluiu absolutamente em todos os setores. Essa visão pessoal sobre o que é importante e a decisão de apostar ali é benéfica para a instituição”, frisa.
Entre 2011 e 2013, a gestão de Paranhos focou, como ele próprio explica, em “quatro portas de entrada” da Casa de Saúde: recepção, Pronto Socorro, Centro de Imagem e CIAM. A esses setores também se somaram ações visando de renovação e impulso na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Dr. Marco Antônio de Araújo Rangel (2003-2011)
A segunda administração de Marco Antônio Rangel coincidiu com os momentos de maior ápice e intensidade evolutiva da Santa Casa. “Foi nesse período que a instituição colheu os frutos de sementes que foram plantadas ao longo de muitos anos. Aquelas conquistas foram a prova de que o solo era fértil, sim. Sempre foi. Era preciso paciência e persistência. Regar sempre”, filosofa.
Ao longo desses oito anos, a já maior entidade filantrópica do Campo das Vertentes abriu as portas de uma UTI Neonatal, além da expansão da Unidade de Tratamento Intensivo para os demais públicos. Houve, ainda, uma reforma estrutural da Casa seguida pela inauguração do Centro de Diagnóstico de Imagem.
Dr. Luiz Ney de Assis Fonseca (2000-2002)
“Provedor precisa ter coragem, equilíbrio, liderança e todas essas características que comumente são listadas em um perfil administrativo. Mas numa Santa Casa é essencial ter algo mais: amor, espírito de doação. Porque, na prática, assumir essa função requer abdicações. Muitas delas. Incluindo noites de sono e alguns momentos com a família”, comenta o ginecologista e obstetra que administrou a entidade no processo de implementação do Centro de Tratamento Intensivo e do setor de Oncologia da instituição, além de reformas em Obstetrícia.
“Se essa Santa Casa está aberta desde 1783, é porque por ela passaram e nela continuam profissionais abnegados que dão suor ali todos os dias em nome do bem comum, do socorro a quem precisa. Muitas vezes, aliás, esse socorro precisava ser direcionado aos próprios funcionários. Houve momentos em que fraquejamos, somos humanos. Felizmente, uma mão segura a outra, a ideia de uma cabeça completa a da outra e a motivação vem para seguir em frente com projetos audaciosos mesmo que o resto do mundo duvide deles”, encerra.
Dr. Luiz Antônio Neves de Resende (1994-1996)
“Houve momentos em que as soluções para os impasses vinham de forma difícil. E, muitas vezes, nasciam precisando de tratamento intensivo, respirar com a ajuda de aparelhos”, compara o pediatra que sonhava com a instalação de uma UTI Neonatal na Santa Casa, mas só viria a realizá-lo 13 anos depois.
“Filantropia jamais significa abundância, facilidade, tranquilidade. Mais ainda quando envolve saúde. Então, avançar demanda não só coragem, mas também paciência e cautela em alguns momentos. Nos anos 1990, vivemos mudanças profundas com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas ele ainda engatinhava enquanto nós precisávamos correr para garantir qualidade. Foi então que passamos a investir no setor científico”, comenta Neves em referência a pesquisas e jornadas médicas realizadas dentro da entidade para aperfeiçoamento do Corpo Clínico, além de integração entre o corpo clínico local e profissionais de diferentes partes do país.
Dr. Marco Antônio de Araújo Rangel (1992-1994)
Um outro Rangel assumiu a provedoria logo depois: Marco Antônio, irmão de Paulo. Os dois, aliás, são filhos do memorável Dr. Cid Rangel. “A dedicação dele era absoluta. E acho que, de alguma forma que a ciência não explica, impregnou em nosso DNA”, brinca o pneumologista e anestesiologista, que cumpriu a missão de provedor duas vezes: de 1991 a 1992 e de 2003 a 2011. “Se fosse esporte, teríamos um recorde (risos). Mas a verdade é que esse trabalho é feito em uma grande equipe. Precisaríamos de um pódio gigantesco para comemorar”, diz.
E não faltaram motivos: após mais de três anos de idealização, organização, busca e planejamento, o SASC começou a funcionar acompanhado, pouco depois, pelo CIAM. “A Santa Casa sempre foi formada por profissionais otimistas, lutadores e com olhar sempre voltado para o futuro. Por isso mesmo, todos víamos possibilidades ao invés de somente problemas. O resultado foi avanço constante e pioneirismo”, resume.
Dr. Paulo César Araújo Rangel (1988-1990)
“Dificuldades” e “transição”. Segundo Rangel, as duas palavras resumiriam bem o período entre 1988 e 1990. Mas frisa, sempre, que cabe um dicionário inteiro entre elas. “É isso o que importa. Toda e qualquer gestão, de qualquer instituição, é uma montanha russa com altos e baixos, além de carrinhos enguiçando no meio do caminho”, diz, sorrindo, o idealizador do SASC, implementado oficialmente em 1992.
E foi exatamente pensando nele que a administração entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990 foi marcada por reestruturação. “A meta de todos nós sempre foi manter a Santa Casa de portas abertas, recebendo quem precisasse dela e oferecendo os melhores serviços, independentemente de todo e qualquer impasse. Naqueles anos, sonhávamos em ir ainda mais longe e, a partir de um Plano de Saúde próprio, ganhar autonomia. O empenho e o esforço para deixar tudo nos trilhos foi ainda maior”, explica, frisando o fator diferencial que garantiu o sucesso desse projeto: “A dedicação e o amor de todo corpo clínico”.